segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ο ΒΙΟΣ ΒΡΑΧΥΣ Η ΔΕ ΤΕΧΝΗ ΜΑΚΡΑ – IV

TEATRO YOLANDA TREBBI
"Breve é a vida e longa é a arte"






Nesta parte final sobre o Teatro Yolanda Trebbi, além das duas fotos externa e interna, aparecem as estátuas de Orfeu, poeta e músico, filho de Eagro e Calíope e de Eurídice, ninfa pastoril, pela qual Orfeu, apaixonado, desceu às profundezas do Hades a fim de resgatá-la da maldição de Cirene. Ambas são feitas em bronze, também de autoria de Antonio Caringi. 

Por fim, vê-se nos jardins, à direita da piscina que fica à frente do Teatro, outra obra de grande beleza: a " baigneuse" (Banhista), representada por uma escultura de mulher, de pé, como a banhar-se sob alguma cascata, original, em bronze, esculpida por Ratti, em Milão, Itália, por volta de 1840. 

Evandro

* * * 

Sou sinceramente grato ao casal Dr. Paulo e sua Esposa, Dona Balbina, proprietários da residência onde se localiza o Teatro Yolanda Trebbi. Graças à sua fidalguia foi possível realizar estas fotografias. Agradeço ainda pela permissão que me deram para publicar as fotos e pela verdadeira aula de hospitalidade, História, Arte e Cultura que me proporcionaram.

Ο ΒΙΟΣ ΒΡΑΧΥΣ Η ΔΕ ΤΕΧΝΗ ΜΑΚΡΑ – III

TEATRO YOLANDA TREBBI
"Breve é a vida e longa é a arte"






No interior do Teatro, ao centro do grande salão, fica em destaque uma herma (έρμα, em grego) de Dionísio, considerado o deus protetor do Teatro grego, em honra do qual tiveram origem os Ditirambos (cantos corais) e as três festas dionisíacas. 

Filho de Zeus e de Semele, Dionísio foi o único deus que teve por mãe uma mortal. Na mitologia romana, Dionísio correspondia a Baco. 

Nesta herma, a coluna é feita em mármore. A escultura em bronze, de Dionísio, é de autoria do escultor Antonio Caringi (Pelotas, RS, 25-Mai-1905 – 30-Mai-1981).

- continua -

Ο ΒΙΟΣ ΒΡΑΧΥΣ Η ΔΕ ΤΕΧΝΗ ΜΑΚΡΑ – II

TEATRO YOLANDA TREBBI
"Breve é a vida e longa é a arte"






O Teatro Grego da Vila Assunção, aqui é visto a partir do lado externo da área da residência onde está construído, que fica voltado para a rua dos fundos da residência. Seu nome oficial é Teatro Yolanda Trebbi. 

Amiga da Família proprietária do local, Yolanda Trebbi, também apaixonada pela cultura helênica, depois de incansáveis pesquisas, presenteou o proprietário com a planta completa do Teatro, contrariando, em parte, o sonho inicial deste, que era construir apenas algumas colunas gregas. 

Embora sendo apenas Funcionária Pública, ela foi a arquiteta, idealizadora, projetista e, praticamente, a construtora, pois acompanhou a construção da obra em cada detalhe, desde 1970, quando teve início, até ser concluída em 1974. 

O painel em mármore situado bem no centro da edificação, é obra de Nelson Boeira Faedrich (Porto Alegre, 2-Jan-1912 – 4-Jun-1994). 

O que apresento aqui retratado é, na realidade, da mais pura beleza e que só pode ser avaliada ao vivo. É simplesmente grandioso! 

- continua -

Ο ΒΙΟΣ ΒΡΑΧΥΣ Η ΔΕ ΤΕΧΝΗ ΜΑΚΡΑ – I

"Breve é a vida e longa é a arte"
Hipócrates (460 – 377 a.C)







A curta sentença em epígrafe está inserida numa oração do grande precursor da medicina, a seus discípulos, e cujo texto, um pouco mais extenso é, aproximadamente, este: “Breve é a vida e longa é a arte; a ocasião é fugaz; a experiência é enganosa, o julgamento é difícil. Portanto, o médico deve não somente ele próprio cumprir seu dever, como também estimular a cooperação do paciente, de seus assistentes e todos mais, em suma”. 

Abstraída a parte específica do discurso, que dizia respeito à relação médico-paciente, ficamos apenas com aquele fragmento que encontramos em letras gregas, esculpido neste magnífico monumento que descobri bem pertinho de onde moro, localizado no bairro Vila Assunção, nesta minha Porto Alegre que sempre me surpreende quando imagino já conhecê-la suficientemente bem. 

A série de fotos que publico a partir de agora, retrata esse lugar que reconstitui com toda a fidelidade, a fascinante beleza do Teatro Grego.

- continua -

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fragmentos de uma biografia

General-de-Brigada JOÃO SEVERIANO DA FONSECA
(27-Mai-1836 – 7-Nov-1897)
- Patrono Do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro –



O General João Severiano nasceu na antiga cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, Estado de Alagoas, no dia 27 de maio de 1836, sendo filho do Tenente-Coronel Manuel Mendes da Fonseca e de dona Rosa Maria Paulina da Fonseca.  

Tornou-se o primeiro médico do Exército Brasileiro a chegar ao generalato. Também foi político, historiador, diplomata e escritor.  

Cursou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde em 1860 diplomou-se em medicina. Doutorado em 1862, ingressou no Corpo de Saúde do Exército como 2º Tenente. Foi Chefe da enfermaria da Escola Militar da Praia Vermelha e cirurgião-chefe do Hospital Militar da Corte. Em 1880 passou a integrar a Academia Imperial de Medicina como membro efetivo, sendo o primeiro militar agraciado com tal honraria. Em 1889 foi nomeado professor da cadeira de Ciências Físicas e Naturais do Imperial Colégio Militar.  

Passando por todos os postos da carreira militar, foi promovido a General-de-Brigada em 1890, ano em que tornou-se membro do Conselho Superior Militar de Justiça. Chegou ao mais alto cargo do Corpo de Saúde, com o título de Inspetor-Geral do Serviço de Saúde do Exército. Tomou parte na Campanha do Uruguai e na Campanha da Tríplice Aliança.   

Sendo homem de vastíssima cultura, integrou diversas agremiações literárias e científicas, como o Instituto de França, o Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, as Sociedades de Geografia do Rio de Janeiro, de Lisboa, de Madri, o Instituto Arqueológico Alagoano, o Ateneu de Lima, o Instituto Médico Brasileiro e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Publicou, ainda, diversos livros sobre medicina, história, geografia e etnologia. Agraciado com inúmeras condecorações, o General Severiano foi o único Oficial do Corpo de Saúde do Exército a receber a Ordem do Cruzeiro. 

Ao eleger-se Senador, em 1891, afastou-se do serviço ativo, retornando à Inspetoria-Geral somente em 1895, vindo a falecer dois anos depois, no Rio de Janeiro.  

O General João Severiano da Fonseca foi escolhido, em 1940, para ser o Patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro, tendo essa escolha sido homologada por Decreto de 13 de março de 1962. 

O monumento que aparece nas três fotografias, em sua homenagem, encontra-se no jardim principal, à frente do Hospital Geral de Porto Alegre (HGePA), nos altos do Bairro Floresta. Não há informações sobre o autor da belíssima peça, mas a placa sob o busto informa tratar-se de doação feita pelo Coronel Médico Nilton Guilherme. Na placa de bronze, mais abaixo, consta a data de 27 de maio de 1979 que, provavelmente, corresponde à da sua inauguração.

Evandro

terça-feira, 14 de abril de 2009

Santa Maria da Boca do Monte - II

DE PRAÇAS E MONUMENTOS





A "Cidade Universitária", preserva muitos lugares bonitos, o que atesta seu elevado nível cultural e o carinho de sua população pela Cidade. Nela encontramos inúmeros prédios antigos de arquitetura eclética de grande beleza, além de templos católicos, evangélicos, anglicanos e outros. 

Em suas praças vemos monumentos, como estes que fotografei na Praça Padre Roque Gonzales, que homenageiam personagens ilustres (O Padre marista Marcelino Champagnat, retratado num belíssimo e harmonioso conjunto de figuras em bronze e o também marista, Irmão Weibert). 

E há no centro da Cidade a tradicional Praça Saldanha Marinho, onde se localiza o gracioso chafariz de cujas fontes jorram jatos d'água que, a contra-luz, produzem um efeito visual deslumbrante.

Evandro

Santa Maria da Boca do Monte - I

A CATEDRAL DIOCESANA DE SANTA MARIA





A Catedral Diocesana de Santa Maria é consagrada a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Sua construção teve início em 1902 e a inauguração, como Igreja Matriz de Santa Maria da Boca do Monte, ocorreu no dia 8 de dezembro de 1909. Após a criação da Diocese, passou a ostentar o título de Catedral no dia 7 de janeiro de 1912.  

É um belo templo, cuja arquitetura apresenta elementos do barroco italiano e neoclássicos.  

Seu interior é todo decorado com afrescos de autoria do consagrado pintor Aldo Locatelli (Bérgamo, 18-Ago-1915 – Porto Alegre, 3-Set-1962) dentre os quais destacam-se quatro quadros com temas marianos (Anunciação, Maria junto à Cruz, Assunção e Coroação).  

Na torre do relógio encontra-se um sino com a inscrição "Santa Maria – 1684", que, segundo os estudiosos, o identifica como tendo sido fundido na Missão Jesuítica de Santa Maria, no Paraguai, nesse ano de 1684.

Evandro

Rua Duque de Caxias - II

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS






Então, de repente, eu descobri estas casas. Diante delas, permaneci por longo tempo tentando adivinhar que histórias estariam escondidas entre estas paredes corroídas pelo tempo.  

Mesmo em ruínas, a beleza que em algum dia longínquo as revestiu, ainda é visível. 

Dentro delas, certamente pulsaram vidas. Foram lares de pessoas que sonharam. Em seus amplos salões, houve festas, risos, abraços, alegrias, comemorações. De seus alpendres, sacadas e varandais, vislumbraram-se cenas bucólicas de jardins floridos. Pelos cômodos, corredores e escadarias, crianças brincaram, correram, fizeram algazarras.  

Onde estarão elas, hoje? Que destino tiveram? Que caminhos tomaram? Por que estas belas residências de outrora ficaram assim, abandonadas, desertas? Que motivo as levou a ficarem entregues à própria sorte, aguardando apenas que o tempo se encarregue de acabar com elas?  

São perguntas para as quais não tive resposta. São imagens que restaram de um passado cheio de incógnitas e sem mais futuro: apenas o que ficou gravado nestas fotos.

Evandro

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rua Duque de Caxias - I

SOLAR DOS CÂMARA E CASA DOS AZULEJOS



A Rua Duque de Caxias conta com um magnífico acervo de bonitos prédios antigos. Entre eles há construções históricas, como o Solar dos Câmara (fachada e portão principal) e outras de grande beleza, como esta casa revestida de azulejos portugueses. 

Evandro

O Teatro da Província de São Pedro

THEATRO SÃO PEDRO






Gosto do Theatro São Pedro. É um lugar que visito freqüentemente, desde tempos imemoriais. Felipe Normann foi o seu construtor. Com um século e meio de existência – foi inaugurado em 27 de junho de 1858 – viveu momentos de glória, resplandeceu em espetáculos grandiosos em que participaram os maiores nomes da arte teatral e lírica e conheceu instantes de decadência. Em estado de decomposição acentuado, teve suas portas fechadas em abril de 1973. Em 1984, depois de sofrer profunda restauração, foi reaberto. Hoje, perfeitamente conservado, mostra-se em todo o seu esplendor. É tombado pelo Patrimônio Cultural e Artístico do Estado, desde sua reinauguração em 1984.

domingo, 5 de abril de 2009

Sobre sonhos e cores

SONHOS VERDES






Por muito tempo ouvi dizer que o normal das pessoas é sonhar em preto e branco. Não sei se é lenda, ou até que ponto isto é verdade. É possível que para alguns o sonho não tenha cor, talvez porque o importante seja o "tema" do sonho. Mas como esta não é a minha especialidade, não me preocupo.

Para mim, desde as mais remotas lembranças, todos os meus sonhos foram coloridos. E quando não sonho – ou não recordo de ter sonhado – guardo sempre vagas reminiscências de alguma cena compartilhada oniricamente, na qual a cor esteve presente.

Gosto das cores. De todas elas. O verde, porém, é a minha preferida. Ela exerce sobre mim uma atração que se aproxima do fascínio, do deslumbramento, da emoção. Talvez por isto, nas minhas fotografias o verde, normalmente, está em evidência.

O tema destas fotografias fala por si mesmo.