terça-feira, 14 de abril de 2009

Rua Duque de Caxias - II

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS






Então, de repente, eu descobri estas casas. Diante delas, permaneci por longo tempo tentando adivinhar que histórias estariam escondidas entre estas paredes corroídas pelo tempo.  

Mesmo em ruínas, a beleza que em algum dia longínquo as revestiu, ainda é visível. 

Dentro delas, certamente pulsaram vidas. Foram lares de pessoas que sonharam. Em seus amplos salões, houve festas, risos, abraços, alegrias, comemorações. De seus alpendres, sacadas e varandais, vislumbraram-se cenas bucólicas de jardins floridos. Pelos cômodos, corredores e escadarias, crianças brincaram, correram, fizeram algazarras.  

Onde estarão elas, hoje? Que destino tiveram? Que caminhos tomaram? Por que estas belas residências de outrora ficaram assim, abandonadas, desertas? Que motivo as levou a ficarem entregues à própria sorte, aguardando apenas que o tempo se encarregue de acabar com elas?  

São perguntas para as quais não tive resposta. São imagens que restaram de um passado cheio de incógnitas e sem mais futuro: apenas o que ficou gravado nestas fotos.

Evandro

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