A MATRIZ
Meu fascínio por igrejas não poderia ficar frustrado. Sou apaixonado por estas construções magníficas, onde a fé e a espiritualidade se manifestam de forma tão eloqüente que parecem brotar de cada pedra, de cada degrau, dos altares, das torres, dos sinos, dos vitrais.
De uma simples ermida perdida num recanto ermo à imponência das grandes Catedrais, sinto-me atraído por estes templos e onde quer que eu vá, jamais deixo de fotografá-los.
Logo ao chegar a Restinga Seca encontrei a bela Igreja da Congregação Evangélica Luterana, com a qual abri esta série. Então chegou a vez da Igreja da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, objeto destas seis fotos.
A Paróquia foi fundada em 28 de agosto de 1938, tendo comemorado seu Jubileu de Prata em 1963, conforme registra a placa de bronze alusiva, que traz a marca de Hary Iserhartd, de Cachoeira, o provável fundidor. Nela constam os nomes de Dom Antonio Reis, criador da Paróquia; Dom Luís Vítor Sartori, Bispo Diocesano; Pe. Aparício M. de Oliveira, Primeiro Pároco e Pe. Darci Fernandes, Pároco.
Outra placa, de granito, homenageia o 1º Centenário da Diocese de Santa Maria, criada em 15 de agosto de 1910, pelo Papa São Pio X. Também consta o registro do atual Sumo Pontífice, Papa Bento XVI, e de Dom Hélio Adelar Rupert, Bispo Diocesano.
A Igreja tem uma nave central ao fundo da qual o altar-mor comporta as imagens do Sagrado Coração de Jesus, tendo à direita, em nível inferior, a imagem de N. S. da Conceição e à esquerda a imagem de São José.
As duas naves laterais ostentam sobre o altar, as imagens de Santa Terezinha (nave do lado esquerdo) e de São Judas Tadeu (segundo a minha interpretação), na do lado direito.
Em oito vitrais, sendo quatro de cada lado, vemos as figuras de Nossa Senhora Medianeira, São José, Sagrado Coração de Jesus, Sagrado Coração de Maria, Santa Tereza do Menino Jesus, São Paulo, Santo Anjo da Guarda e São Francisco de Assis. Em outro vitral, à esquerda de quem entra, junto ao batistério, vemos Santa Maria Goretti. Sobre as portas laterais há mais dois vitrais (um sobre cada uma), mas apenas com alegorias decorativas.
É um belo templo, com linhas sóbrias, sem requintes, mas sem sombra de dúvida muito bonito.
- continua -