sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Por terras lusitanas - XVI


PORTO - IV 

       Esta postagem é dedicada aos amigos Manuel e Fernanda. 

       Hoje deu-me saudades de Portugal. Garimpei nos meus arquivos e revi cada espaço desta terra linda na qual meus avoengos balbuciaram as primeiras palavras aprendidas da "última flor do Lácio, inculta e bela".

       Intuitivamente abri os arquivos do Porto, de onde selecionei estas dez fotos. Algumas com tempo nublado, bem "fechado". Raras com claridade de sol, pois os dias, na época das fotos, era de mudança de estação - do inverno para a primavera - e outras até com chuva, o que não impedia que, nem por isto, que a Cidade do Porto continuasse bela. 

      Perambular pelo Porto é algo indescritível. Conhecer suas ruas, as largas e majestosas avenidas, os parques e os incontáveis monumentos, as igrejas, as lojas, bares, restaurantes, livrarias - ah, livrarias! Como não se deixar embevecer pela Lello, na rua das Carmelitas?!... - e as suas esquinas, as estações de Comboios (Campanhã, São Bento - obra prima! - ) e o ar de cultura e tradição que se respira a cada quadra, diante de cada construção... São experiências que ficam na lembrança para o resto da vida! 









       Circular de "eléctricos", como os 18 e 22, Carmo e Batalha (tão parecidos com os antigos bondes "gaiolas" que corriam pelas ruas estreitas da minha Porto Alegre até o final dos anos 1960), explorar as especiarias do Mercado do Bolhão, admirar-se diante do casario recoberto de azulejos, dos velhos quiosques ou da imponência da Igreja dos Clérigos, da Catedral do Carmo, do velho prédio da Universidade, da mistura harmônica do antigo e do moderno na Praça Dom João I, formam fragmentos que se prendem na memória, construindo um mosaico de melancolia e beleza. 

       São esses os sentimentos que emergem na minha mente quando revejo estas fotos e que hoje decidi compartilhar com vocês. 

       Quero voltar ao Porto. Preciso voltar ao Porto! Mesmo porque lá, em Fânzeres, Gondomar,  residem pessoas amigas e queridas - quase irmãos, ou mais do que - que fazem parte da minha vida há longos anos, aos quais dedico, em particular, esta postagem. 

 Evandro

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