quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Por terras lusitanas – XI


REAL BASÍLICA E CONVENTO
DO SANTÍSSIMO CORAÇÃO DE JESUS

    Depois de quase três meses, retomo hoje a publicação de minhas fotos feitas “por terras lusitanas”. Ainda tenho muitas outras para mostrar a vocês, de modo que por algum tempo ainda retornarei ao tema.

    Para esta postagem escolhi a Basílica do Santíssimo Coração de Jesus, no Jardim da Estrela, em Lisboa, mais um daqueles templos de beleza indizível, dentre os incontáveis desta encantadora Cidade. 




 

     Esta basílica, cuja cúpula na colina da Estrela é uma das marcas de Lisboa, foi construída no século XVIII para cumprir a promessa da rainha D. Maria I, que a mandaria erigir se lhe fosse dada a graça de gerar um descendente. Este templo representa uma das mais importantes obras do barroco final, que integra de forma original e harmoniosa a volumetria barroca e um gosto modernizante, na sua ornamentação neoclássica. Além da monumental cúpula, destaca-se no seu interior a cena da Natividade, esculpida em terracota por Machado de Castro, e o túmulo de D. Maria em estilo Império. Do outro lado da rua, localiza-se o romântico Jardim da Estrela.







    A construção da Basílica da Estrela e do Convento das Carmelitas Descalças, (este ocupado por serviços públicos desde 1885), iniciou-se em finais do sec. XVIII, nela intervindo os arquitetos Mateus Vicente de Oliveira e Reinaldo Manuel. Constituída de nave única e planta em cruz latina, é uma das mais brilhantes realizações do Barroco tardio, com inclusão de elementos já neoclássicos. A fachada é coroada por frontão triangular enquadrada por duas torres sineiras com relógios, e decorada com estátuas monumentais e figurações em alto relevo alusivas ao mistério do Sagrado Coração de Jesus. Como destaques, ainda, salientam-se o altar-mor, com retábulo da mesma temática, e ainda a tela A Ceia, de Pompeo Battoni, e o grupo escultórico da Eucaristia, desenho de Machado de Castro. Outro belo destaque são os túmulos de D. Maria e do seu confessor, em monumento fúnebre marmóreo, de feição neoclássica. 











    A Basílica possui dois órgãos – o grande órgão (construído em 1789) e o órgão de coro (1791) ambos construídos por Antônio Xavier Machado e Cerveira.  O órgão do coro foi restaurado em 1998. Em 2009, foi criada a Schola Cantorum da Basílica da Estrela que tem por missão reativar em Portugal a prática da melhor música litúrgica, tradição desaparecida há dois séculos e ainda plenamente viva noutros países da Europa. 










    Este magnífico templo foi a primeira igreja no mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Não sei se há outras mais belas, entretanto asseguro-lhes que uma visita ao seu interior e a contemplação de sua arquitetura, enquanto nos embevecemos com o canto gregoriano que suavemente nos chega aos ouvidos, é uma experiência transcendental, que jamais poderá ser esquecida. 

Evandro

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