Olho o que restou dos monumentos da praça que, alguma vez, em placas de bronze, registraram efemérides que resgatavam a história da Cidade. Procuro as marcas que reverenciaram algum nome ilustre, uma data importante. Nada encontro. Com pesar examino o coreto onde, certamente, as fanfarras tocaram nos dias de festa. Vejo os bancos, hoje carcomidos, nos quais as pessoas sentaram ao cair da tarde e nos domingos ensolarados.
Penso nas cores e na efervescência que um dia enfeitaram a praça e no alarido esfuziante da população engalanada. Ironicamente o céu, acima, permanece escuro, enquanto que ao redor tudo é silêncio. Um silêncio opressivo e pesado. Pesado demais para a expectativa que alimentei durante tanto tempo.
Sim, decepção. Sinto-me quase deprimido. A tristeza é profunda. Imensa. Só ruinarias e escombros constituem o acervo que me cerca. E as pessoas? Onde foram todos? O que foi feito deles? Por que ninguém responde?
Atrasei-me. Muito. Custei a chegar. Não pude vir aqui quando devia e agora que o faço não encontro ninguém para compartilhar uma saudação, trocar uma palavra, repartir um sorriso. A cidade está deserta. Deserta e morta!... A vida já passou por aqui, bem antes de mim, e foi embora, talvez para sempre!... Nada mais me resta fazer.
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Um comentário:
Muito legal seu site, rico em cultura!!! Copiei algumas fotos suas para colocar no meu álbum, que é sobre a história de Santa Maria.
Lindo!!! Continue postando!!!
Abraços!!!
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