domingo, 17 de agosto de 2014

Por terras lusitanas – V

Lisboa
PANTEÃO NACIONAL – II  

    Se a beleza externa desta construção nos impressiona vivamente, o que se vê no seu interior só pode ser avaliado ao vivo. As fotos, talvez, podem nos dar uma pálida idéia de sua grandeza.  

    O templo, em estilo barroco, é simplesmente magnífico. Seus amplos espaços internos são valorizados pela alternância do claro/escuro, em perfeita harmonia do mármore policrômico e a alvura das paredes, dos desenhos do piso, e da capela mor, na qual, sobre o altar, destaca-se a talha dourada do órgão construído por Joaquim Antônio Peres Fontanes, no século XVIII.

    Aqui estão abrigados os túmulos de grandes nomes da História de Portugal, como Almeida Garrett, escritor (1799-1854), Amália Rodrigues, fadista (1920-1999), Aquilino Ribeiro, escritor (1885-1963), Guerra Junqueiro, escritor (1850-1923), Humberto Delgado, opositor ao Estado Novo (1906-1965), João de Deus, escritor (1830-1896), Manuel de Arriaga, presidente da República (1840-1917), Oscar Carmona, presidente da República (1869-1951), Sidônio Pais, presidente da República (1872-1918) e Teófilo Braga, presidente da República (1843-1924). 

















    Nos monumentos sepulcrais (cenotáfios, erigidos em memória de mortos que estão sepultados em outros lugares) são evocados outros seis heróis portugueses: Nuno Álvares Pereira (1360-1431), Infante D. Henrique (1394-1460), Vasco da Gama (1460-1524), Pedro Álvares Cabral (1467-1520), Afonso de Albuquerque (1453-1515) e o grande Poeta Luís de Camões (1524-1580).

    O Panteão Nacional, em Lisboa, é uma jóia que merece ser visitada muitas vezes, tanto pela arquitetura majestosa quanto pelo seu significado histórico, no qual se insere sua própria história muitas vezes constituída de outras, que alguns céticos entendem como lenda, mas da qual existem registros que comprovam sua autenticidade. Refiro-me ao episódio que ficou conhecido como O Desacato de Santa Engrácia, que envolve um acontecimento trágico que, ao final, revelou-se como sendo apenas uma história de amor. Mas... isto é outra história!

Evandro

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Fontes para consulta:





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