Árvores de Pedra - II

A CIDADE DA PEDRA QUE JÁ FOI MADEIRA

A cidade de Mata desperta grande interesse nos estudiosos, cientistas e paleontólogos do Brasil e de diversos outros Países. Consta que toda a região – que é imensa, pois vai desde a divisa com Jaguari até Candelária, estendendo-se do oeste ao leste por mais de 125 quilômetros – possui afloramentos superficiais nos quais estas relíquias espalham-se pelo solo a céu aberto.  

São fósseis que incluem folhas, árvores inteiras, mamíferos, insetos, peixes e uma infinidade de espécies, muitas das quais ainda não totalmente identificadas e catalogadas. É devido a isto que o Município ostenta, com orgulho, o título de "Cidade da Pedra que foi Madeira". 

Mas há na Mata, também, outros recantos bonitos para se conhecer. Um deles é a Gruta com degraus de fósseis vegetais (as duas últimas fotos) onde há um altar com a imagem de Nossa Senhora de Lurdes. O outro é um bem cuidado parque com monumento dedicado a Santa Paulina (primeira e segunda fotos, acima). Posso mencionar ainda a Igreja Matriz de Santo Antonio e sua praça, que tem como atrativo extra uma antiqüíssima máquina a vapor; a Praça Santo Brugalli, com vários troncos e raízes da Era Mesozóica Triássico Superior; a Praça Martiminiano Eggres, com sua belíssima escadaria de pedras e um magnífico exemplar de tronco fossilizado de uns dez ou doze metros de comprimento, pesando mais de 15 toneladas; outra bela pedra em forma de obelisco na Praça Nossa Senhora Medianeira e outros. 

Faltou-me conhecer muitas coisas - quase tudo, na verdade - que me disseram existir por lá, entre elas as cachoeiras de águas límpidas, o balneário e a "Ponte Férrea" de 146 metros de vão livre sobre o Rio Toropi. Não fui ver porque o dia estava totalmente nublado, muito frio e com alguma garoa. Mas voltarei lá, qualquer dia, com bastante tempo disponível e, se Deus quiser, com muito sol e céu claro, para fazer – ou continuar tentando – "as fotos dos meus sonhos". 

Evandro