Retratos do meu Porto

PORTO ALEGRE, 237 ANOS

Estamos na semana em que o "meu jardim", esta Porto Alegre pela qual sou enamorado desde que nela nasci, há longos anos, festeja mais um aniversário. 

Fundada por imigrantes açorianos – dentre os quais estavam alguns de meus antepassados pelo lado materno, aqui chegados lá por mil setecentos e "antigamente" provenientes da Ilha Terceira – minha cidade é a musa eterna dos poemas que jamais escrevi por absoluta falta de talento e vocação, mas que não canso de olhar, de falar dela, de caminhar pelas suas ruas e revisitar cada lugar que tem muito em comum com a minha própria biografia. 

Como não sei fazer versos, tento pelo menos fotografar, retratando alguns desses recantos com a mesma paixão e deslumbramento com que um adolescente, com certeza, retrataria a doce amada de seus eternos sonhos.  

Para evocar o dia 26 de março, uma data tão cara para todos nós, que não é feriado (por que será?) mas que é sempre dia de festa, selecionei estas sete fotografias feitas em fevereiro, quando a Cidade ainda estava calma, tranqüila, devido às férias de grande parte de seus habitantes.  

A área abrangida é bem pequena, nas imediações da Praça XV e do Mercado Público, de onde tirei a foto da Prefeitura na esquina da Avenida Borges com a Siqueira Campos. Ainda aparece um trecho da Rua José Montauri, junto ao antigo "abrigo" dos bondes e também do Chalé e parte da Praça Parobé, com o seu terminal de ônibus urbanos.  

Todo este local encontra-se agora mais organizado, amplo e bonito, desde que os comerciantes ambulantes (os "camelôs") foram transferidos para o Centro Popular de Compras, CPC (o novo "camelódromo") que tornou o perímetro central bem mais civilizado e aprazível. Com isto, Porto Alegre começa a ter, de novo, o antigo charme que era sua característica principal.  

Evandro